Devido ao aumento na procura do vidro como material para acabamentos de fachadas, a segurança surge como elemento fundamental nos projetos arquitetônicos. Neste post, falaremos um pouco mais sobre a importância de utilizar os vidros estruturais da maneira correta, garantindo a integridade dos usuários.
Sua empresa pode receber projetos de obra que especificam vidro do arquiteto e também do consumidor final. Neste último caso, o cliente se preocupa principalmente com a estética do vidro, por isso, cabe a você oferecer os materiais que atendam as expectativas desse consumidor, mas que também atendam as normas vigentes relacionadas a segurança.
As vidraçarias e empresas de esquadrias que recebem solicitações de coberturas, pisos, portas, janelas ou fachadas de vidro, precisam se preocupar em oferecer o melhor material para os projetos dos arquitetos, minimizando riscos de acidentes aos usuários. Para isso, é preciso saber quais os tipos de vidro ideais para cada aplicação.
O primeiro passo para escolher o melhor tipo de vidro é saber quais os materiais disponíveis no mercado que têm a característica da segurança. Os principais são:
Vidro Temperado
Tem sua resistência mecânica aumentada pela têmpera, um processo que consiste em aquecê-lo até uma temperatura crítica e resfriá-lo rapidamente, produzindo um sistema de tensões no material. Isto acontece porque o vidro tem grande resistência à compressão e pouca resistência à tração. Quebra-se em pequenos fragmentos, reduzindo o risco de incidentes.
Vidro Laminado LAMINAK
Feito a partir de um processo de calor e pressão que une duas ou mais chapas de vidros a uma película de PVB (polivinil butiral). Em caso de quebra, mantem os fragmentos presos à película.
Vidro Temperado-Laminado STRUTURÁ®
A laminação de duas ou mais peças de vidros temperados ganha cada vez mais importância por reunir as qualidades de dois produtos considerados de segurança, com características essenciais para vários tipos de aplicação.
A NBR7199 – Vidros na construção civil — Projeto, execução e aplicações é a principal norma do setor que aborda a questão da correta aplicação dos vidros, garantindo assim a segurança.
Veja a seguir as principais aplicações de vidro e os vidros ideais, de acordo com a norma:
Coberturas, marquises, claraboias e fachadas inclinadas (vidros não verticais)
Guarda-corpos
Portas, vitrinas e divisórias
Vidros instalados abaixo de 1,1 m em relação ao piso devem ser de segurança, independente do pavimento em que estejam instalados:
Acima de 1,1 m em relação ao piso, além dos vidros de segurança citados, pode ser usado:
Fachadas (vidros verticais)
ABAIXO DE 1,1 M EM RELAÇÃO AO PISO
A partir do primeiro pavimento (inclusive), e no pavimento térreo dividindo ambientes com desnível superior a 1,5 m:
No pavimento térreo:
ACIMA DE 1,1 M EM RELAÇÃO AO PISO
Mais informações podem ser obtidas no site da Abravidro.
Além dos vidros, é importante também verificar se há outros materiais que compõe as fachadas que precisam seguir normas de segurança. As esquadrias de alumínio, PVC ou madeira devem seguir a ABNT NBR 10821 – Esquadrias Externas para Edificações.
Segundo Fabiola Beltrame, consultora técnica da Afeal, em entrevista ao portal AECWeb, é preciso que o consumidor também se atente ao produto oferecido, já que, visualmente, uma esquadria que atende a norma pode ser semelhante à outra não-conforme.
Na hora de uma avaliação técnica, para saber se o vidro apresenta realmente a segurança esperada, é preciso que sua vidraçaria ou empresa de esquadria siga as orientações que passamos no texto, garantindo assim uma entrega satisfatória ao arquiteto/cliente, agregando segurança e design ao uso dos vidros.
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