A proteção radiológica é um tema de extrema importância quando se trata de projetos hospitalares e ambientes de saúde. Garantir a segurança dos pacientes, profissionais da saúde e do público em geral é fundamental quando se lida com radiações ionizantes. Neste artigo, vamos explorar o que é proteção radiológica, sua importância em ambientes hospitalares, os pilares que sustentam essa prática e as legislações e normas que a regem.
A proteção radiológica refere-se às medidas e técnicas utilizadas para proteger as pessoas e o meio ambiente dos efeitos nocivos das radiações ionizantes. As radiações ionizantes são encontradas em diferentes equipamentos médicos, como raios-X, tomografias e tratamentos de radioterapia. Embora essas tecnologias sejam cruciais para o diagnóstico e tratamento de doenças, é essencial garantir que sejam utilizadas de forma segura e controlada.
A proteção radiológica desempenha um papel vital em ambientes hospitalares devido aos riscos envolvidos na exposição à radiação ionizante. A exposição não controlada pode causar danos à saúde, como queimaduras, lesões nos tecidos e até mesmo câncer. Além disso, pacientes e profissionais da saúde podem ser expostos a doses desnecessárias de radiação se não forem tomadas as devidas precauções.
A radioproteção é baseada em três pilares fundamentais: justificação, otimização e limitação. A justificação envolve avaliar os benefícios clínicos da exposição à radiação em relação aos riscos envolvidos, garantindo que os exames e tratamentos radiológicos sejam realizados apenas quando realmente necessários. A otimização busca minimizar a exposição à radiação, mantendo-a em níveis tão baixos quanto razoavelmente possível, sem comprometer os resultados clínicos. Já a limitação refere-se à aplicação de limites de dose aceitáveis para proteger as pessoas contra exposições excessivas.
No Brasil, a proteção radiológica é regulamentada por várias legislações e normas. A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) é o órgão responsável por estabelecer as diretrizes e regulamentos nessa área. Entre as normas aplicáveis estão a Norma CNEN-NN-3.01, que estabelece os requisitos básicos de proteção radiológica em radiodiagnóstico médico e odontológico, e a Norma CNEN-NE-3.01, que trata da radioproteção em medicina nuclear.
A construção civil desempenha um papel fundamental na proteção radiológica em projetos na área da saúde. É necessário que os profissionais responsáveis pela elaboração dos projetos, como arquitetos e engenheiros, tenham conhecimento sobre os princípios da proteção radiológica. Isso inclui a seleção adequada de materiais de construção e a disposição correta dos equipamentos radiológicos, garantindo a contenção efetiva da radiação.
Além disso, é fundamental que os profissionais da construção civil estejam cientes das normas e diretrizes estabelecidas pela CNEN, a fim de garantir o cumprimento das exigências legais e promover a segurança dos ambientes de saúde.
A proteção radiológica desempenha um papel fundamental na preservação da saúde e segurança em ambientes hospitalares. Ao compreender sua importância, conhecer os pilares da radioproteção, estar ciente das legislações e normas vigentes e envolver a construção civil no processo, podemos garantir a implementação adequada de medidas de segurança e a minimização dos riscos associados à exposição à radiação ionizante.
Se você se interessa pelo tema da proteção radiológica e deseja aprofundar seus conhecimentos sobre medidas de segurança em ambientes de saúde, leia também nosso artigo Saiba porque utilizar o visor de proteção radiológica para ambientes de saúde.