Etapa obrigatória em qualquer projeto, o estudo ajuda a prevenir perdas e preservar a integridade do material, como ocorreu com os vidros da raia da USP.
Em abril de 2018, 16 painéis de vidro posicionados às margens da Raia Olímpica da Universidade de São Paulo (USP), na capital paulista, amanheceram estilhaçados.
A suspeita inicial é de que o local havia sofrido a ação de vândalos. Mas após muitos meses de investigação, novos casos de quebra e a constante reposição dos painéis de vidros da raia da USP, um relatório do Instituto de Criminalística de São Paulo informou que houve falhas na instalação, armazenamento e transporte das placas de vidro.
Tudo leva a crer que a obra de 2,2km, orçada em R$ 20 milhões e composta por 129 módulos de vidro temperado com película antivandalismo não contou com uma especificação técnica adequada.
Etapa obrigatória em qualquer projeto, a especificação técnica tem como função calcular peso, dimensões e o tipo de beneficiamento ideal para determinada aplicação.
Mas além de analisar as características físicas do vidro, a especificação deve levar em consideração dados sobre o ambiente onde a construção será edificada, tais como volume de pessoas que por ali circularão, se a obra em questão será construída em um local com grande tráfego de veículos. Informações sobre transporte e armazenamento das chapas também devem ser mencionados.
O estudo é necessário para avaliar os impactos que o vidro sofrerá e, dessa maneira, preservar integridade e função (vedação, controle de luminosidade, conforto térmico, por exemplo), intactas.
“A especificação errada de materiais pode não apenas dificultar o processo de compras como também influenciar no projeto. Por isso, as vidraçarias e empresas de esquadrias precisam estar atentas no momento de especificar e orientar os clientes sobre os melhores vidros, esquadrias e componentes”, alerta a especificadora técnica da PKO do Brasil, Rebeca Andrade.
Não são apenas as grandes obras que estão sujeitas a graves erros de especificação.
Projetos residenciais e comerciais de menor porte, localizados em vias de pouco movimento, também não estão livres desse mal, já que falhas na especificação podem implicar na compra de materiais inadequados, gerando perdas financeiras (material e equipe) e atrasos na entrega da obra.
Para evitar situações como essa dos vidros da raia da USP, Rebeca lembra sobre a importância de se escolher um fornecedor que ofereça um suporte técnico adequado:
“Esse cuidado compreende desde o auxílio aos profissionais da construção civil quanto ao melhor produto a ser utilizado em um empreendimento, consultoria técnica completa sobre as propriedades dos produtos utilizados e sua performance ante a um vidro comum, até o esclarecimento de dúvidas pontuais e acompanhamento da entrega dos produtos e instalação”, salienta a especificadora técnica.
Assim, é preciso estar atento às soluções disponíveis no mercado e analisar cada projeto e cada tipo de instalação.
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